"O que se está a passar nas escolas públicas tem de ser resolvido, e no mais curto espaço de tempo", disse Filinto Lima
A Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), preocupada com a “falta de apoio efetivo” da tutela aos mais de 800 diretores de escolas públicas, enviou um pedido de reunião "urgente" ao Ministério da Educação.
O pedido foi enviado ao ministério na terça-feira, explicou o presidente da ANDAEP, Filinto Lima, em declarações à Lusa, salientando as preocupações dos diretores com o momento atual da Educação, com as situações vivenciadas nas escolas públicas, assim como com as dificuldades com que diariamente se confrontam.
"Sentimos falta de apoio do Ministério e pressionados, nomeadamente pelos sindicatos", disse, referindo-se aos serviços mínimos que, desde o início de fevereiro, as escolas têm de assegurar, por decisão do tribunal arbitral na sequência de um pedido do Ministério da Educação para a greve por tempo indeterminado do Stop, que prolonga desde dezembro.
Filinto Lima diz que que os diretores estão "no meio de dois fogos" e destacou que as funções que exercem "merecem o apoio efetivo" do Ministério da Educação.
"Muitas vezes atuamos sem rede. A parte jurídica, por exemplo, é fundamental e não temos ninguém que nos [aos diretores] proteja ", lamentou o presidente da ANDAEP, lembrando que exercem funções de muita responsabilidade e são civil e criminalmente responsabilizáveis mas por conta própria.
"Situações que temos de falar com a tutela", explicou, salientando haver um clima de "descontentamento" nas direções de escolas e agrupamentos.
"O que se está a passar nas escolas públicas tem de ser resolvido, e no mais curto espaço de tempo", frisou.
Agência Lusa , MJC